sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A caverna




















"uma passagem estreita entre as pedras e a vontade de não ir. mas do outro lado a salvação, o ar, a água doce. mas o aperto, a claustrofobia até chegar lá. quanto durariam? dois minutos, dez? não havia como saber. dúvida e desespero, que combinação maldita. me lancei assim mesmo. joguei meu corpo entre as paredes ásperas e próximas, fui descendo rapidamente, arranhando os braços, sentindo pele e sangue se soltando, aqui e ali. mas fui, mais e mais, com muito mais gana e vontade de acabar com aquilo do que com dor. a esta altura viro-me pra mim mesmo e me pergunto: quanto já se passou? não sei, só sei que ainda continuo indo."

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